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segunda-feira, 29 de maio de 2017

Mais um pequeno conto:

 "O enigma da Calhandriz"

Passava eu a ponte 25 de abril com a minha mulher, ao volante do meu trabi, em direcção a Lisboa, quando aquilo aconteceu. Uma linda  manhã de Primavera, a minha mulher até trazia três ou quatro mijonas a enfeitar o cabelo (parecia ela que ia para S.Francisco), e o céu estava mais que limpo.
 De repente, um bando de calhandras-drone atacou um carro vermelho com matricula paquistanesa que circulava uns metros á nossa frente. Um verdadeiro ataque suicida, pois cada calhandra explodia logo após embater no veículo, deixando-o em chamas e envolto numa enorme nuvem de fumo preto.
 Eu digo-vos que eram drones, e tenho a certeza do que vos digo, pois eu sou um ornitólogo amador mas experiente, e sei que é impossível observar aquele padrão de voo tão agressivo num pássaro como a calhandra, tanto menos explodirem ao embater em algo. Eram, indiscutivelmente, drones.

 Deduzia eu que estava perante uma espécie de atentado, e já alguns motoristas tentavam , em vão, apagar as chamas com a ajuda de pequenos extintores, quando uma enorme calhandra-drone de metal saltou do fogo! Elevou-se algumas dezenas de metros no ar, parou por alguns momentos, e de seguida voou velozmente em direcção ao céu, qual fénix renascida das cinzas.
 Todos os que estavam naquela ponte ficaram incrédulos a olhar para o céu! Quando deixamos de ver aquele estranho pássaro, a única coisa que restou foi um brilho intenso, que se extinguiu rapidamente. 

Este foi o acontecimento mais estranho que alguma vez observei, o que ainda piorou após a minha mulher me informar do localidade para onde nos deslocávamos: Calhandriz, ali pós lados de Bucelas...

 Fmi

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